Tipos de Autismo: Entenda as Diferenças Dentro do Espectro Autista

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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma condição única e rígida. Pelo contrário, ele se manifesta de diferentes formas, o que significa que cada pessoa autista tem seu próprio conjunto de características, habilidades e desafios. Por isso, ao falar sobre “tipos de autismo”, é importante entender que estamos nos referindo às variações dentro do espectro.

Neste artigo, você vai conhecer os principais perfis que costumam ser associados ao TEA, entender como funcionam os níveis de suporte e descobrir como essa diversidade influencia no diagnóstico e no tratamento.

📘 O que mudou com o tempo?

Até 2013, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) classificava o autismo em diferentes subtipos, como:

  • Autismo clássico

  • Síndrome de Asperger

  • Transtorno desintegrativo da infância

  • Transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação

No entanto, com a chegada do DSM-5, esses termos foram unificados sob o nome Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso ocorreu porque os especialistas perceberam que não havia fronteiras claras entre esses “tipos”, e sim uma variação contínua de sintomas e intensidade.


🧠 Então, ainda existem tipos de autismo?

Embora a nomenclatura oficial tenha mudado, ainda é comum encontrarmos classificações para facilitar o entendimento. Vamos explorar as principais:

1. Autismo leve (ou de alto funcionamento)

Também conhecido como antigo “Síndrome de Asperger”, esse tipo é marcado por um bom desenvolvimento da fala e inteligência média ou acima da média. No entanto, a pessoa apresenta dificuldades sutis de interação social e pode ter comportamentos repetitivos ou interesses restritos.

Características comuns:

  • Dificuldade em entender ironias, piadas ou regras sociais

  • Pouca habilidade para manter conversas espontâneas

  • Preferência por rotinas rígidas

  • Hipersensibilidade sensorial

🧩 Embora seja chamado de “leve”, pode impactar bastante a vida social e emocional.


2. Autismo moderado

Nesse perfil, os desafios de comunicação e socialização são mais evidentes. A pessoa pode ter atraso na fala ou usar poucas palavras, além de precisar de mais apoio no cotidiano.

Exemplos de sinais:

  • Dificuldade de iniciar ou manter conversas

  • Necessidade de ajuda para tarefas diárias

  • Comportamentos repetitivos frequentes

  • Menor flexibilidade a mudanças

👨‍👩‍👧 Neste caso, o suporte familiar, escolar e terapêutico é essencial para promover mais autonomia e bem-estar.


3. Autismo severo (ou com necessidade de apoio intenso)

Esse tipo envolve limitações significativas na linguagem verbal, compreensão, socialização e comportamentos adaptativos. A pessoa pode não se comunicar oralmente, apresentar autoagressão ou precisar de supervisão constante.

Possíveis características:

  • Comunicação não verbal ou limitada

  • Necessidade de acompanhamento contínuo

  • Reações intensas a estímulos sensoriais

  • Interesses muito restritos ou ausência de brincadeiras simbólicas

🔔 É importante destacar que, mesmo com desafios intensos, o apoio correto pode trazer grandes avanços.

📊 Os níveis de suporte no TEA

Além das variações de perfil, o DSM-5 introduziu três níveis de suporte, que ajudam a indicar a quantidade de ajuda necessária no dia a dia:

  • Nível 1 – Suporte leve: precisa de ajuda para interações sociais e lidar com mudanças

  • Nível 2 – Suporte moderado: dificuldades claras na comunicação verbal e comportamentos repetitivos mais intensos

  • Nível 3 – Suporte substancial: requer apoio constante e apresenta barreiras significativas para a vida independente

📌 O nível de suporte pode mudar com o tempo, de acordo com o desenvolvimento e as intervenções aplicadas.


🧬 E o autismo atípico?

O termo “autismo atípico” ainda é usado por alguns profissionais para se referir a casos que não se enquadram claramente nos critérios clássicos, mas apresentam características do espectro. Por exemplo:

  • Sinais que surgem mais tarde, após os 3 anos de idade

  • Sintomas leves ou que variam muito com o contexto

Esse tipo costuma ser mais difícil de diagnosticar, principalmente em meninas e adultos.


❤️ Cada pessoa autista é única

Embora as classificações sejam úteis para entender as necessidades e guiar os tratamentos, elas não definem o potencial nem os limites de uma pessoa com autismo. Afinal, o espectro é vasto, e cada indivíduo tem uma combinação exclusiva de talentos e desafios.

💬 “Se você conheceu uma pessoa autista… você conheceu apenas uma pessoa autista.”


✅ Conclusão

Compreender os diferentes tipos de autismo — ou melhor, os diferentes perfis dentro do espectro — é fundamental para oferecer o suporte certo, com respeito, empatia e inclusão. Independentemente do nível de suporte, toda pessoa autista tem direito a uma vida digna, produtiva e feliz.

Se você suspeita que alguém próximo possa estar dentro do espectro, procure um especialista. O diagnóstico correto é o primeiro passo para trilhar um caminho de acolhimento e desenvolvimento.


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